quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A vida não pode parar na pista


Ao longo da semana estamos nos dedicando à campanha de mobilização pela construção da mureta divisória da Via Lagos, uma iniciativa dos usuários das redes sociais que abraçamos com o vigor que a causa requer.
Fruto do processo de privatização do estado há 19 anos, o contrato de concessão da Via Lagos traz no seu conteúdo a perversa cláusula de previsão de construção de mureta divisória somente quando a mesma alcançar um fluxo diário de 20 mil veículos. Meta inatingível, visto que mesmo com a região crescendo acima da media nacional e com todo fluxo turístico, alcançamos a média de 16 mil veículos.
Além da ausência da mureta divisória, a rodovia reserva ainda outros perigos aos usuários com curvas acentuadas e grande parte do acostamento em grama, que se torna isca para acidentes em dias chuvosos. Há que se ressaltar a prática de cobrança de elevados preços de pedágios, que tornam a via o quilômetro rodado mais caro do país.
Por tudo isso, e considerando o bem maior a ser preservado: a vida humana, necessário se faz que a resignação dê lugar à indignação, uma vez que a concessionária e a Agência Reguladora, a Agetransp, não se mobilizam para preservar a vida humana e garantir segurança dos usuários, fazem jogo de empurra, enquanto muitos morrem na pista. A vida é um bem muito maior para parar na pista.

Artigo publicado no jornal Folha dos Lagos do dia 17/01/13

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