A situação é objeto de proposta de lei do deputado Jânio Mendes (PDT), que pede que os territórios sejam anexados legalmente em Varre-Sai e que recentemente teve pedido de urgência enviado à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). “Nosso objetivo em lutar pela área não é territorial, é cultural. Não vamos deixar de atender às escolas e à saúde”, afirmou o prefeito do município, Everardo Ferreira. Em audiência pública na Alerj, o procurador-geral de Porciúncula, Gustavo de Assis, defendeu plebiscito para ouvir moradores antes do desmembramento das localidades.Saiba mais:
Os limites dos municípios do Rio precisam ser revistos, segundo o Centro Estadual de Estatísticas Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio (Ceperj). De acordo a fundação, muitas definições das cidades são baseados por referências que não existem mais ou são imprecisas, já que a última atualização data de 1943, pelo Decreto-Lei nº 1.056. O texto prevê que, por conta das alterações, as demarcações devem ser revistas a cada cinco anos, porém, isto nunca foi feito. Por isso, árvores, ferrovias e pontes que não existem mais, rios e estradas que foram alteradas e até mesmo acréscimo de território causam confusão entre os habitantes e na hora da cobrança de impostos.
O caso de duas localidades do Noroeste Fluminense, Arataca e Jacutinga, se encaixa na questão. Desde a criação do município de Varre-Sai, em 1991, pensava-se que elas faziam parte da cidade, porém, com a utilização de GPS, em 2007, foi constatado que, na verdade, pertenciam ao município de Porciúncula, o que causou revolta nos habitantes. “Não queremos trocar de município. As pessoas continuam votando em vereadores de Varre-Sai, os registros de casamento estão redigidos como feitos no município e os antepassados dos moradores estão enterrados em cemitérios da cidade”, diz o membro da associação de Moradores e Produtores da Arataca, Sebastião Menezes.
Um motivo para disputas
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