Por Jânio Mendes
Deputado Estadual – PDT
Em
caminhada por Tamoios, deparei-me com um crime. Sítios rurais em Gargoa e
Unamar estão dando lugar a loteamentos “clandestinos”, que num futuro próximo,
culminarão em graves problemas sociais.
A
prefeitura finge que não vê e que não ouve. E assim, áreas imensas são
devastadas para dar lugar a loteamentos, sem infraestrutura de água, luz e
esgoto; com lotes 10x20, sem reserva de área de praça, escolas e unidades
públicas de atendimento à população.
Quando
digo finge que não vê é porque, ao lado do DPO de Unamar, há uma barraca na
beira da rua anunciando lotes com prestações de R$ 290,00. Quando falo que
finge que não ouve, é porque as emissoras de rádio estão anunciando lotes em
Unamar com entrada e prestações de R$ 180,00.
As
estratégias de venda são cinematográficas; em Gargoa, por exemplo, um sítio foi
dividido em 200 lotes.
Num
domingo chegaram 20 vans com pessoas que vieram conhecer a área e participar de
um churrasco, e neste dia todos os lotes foram vendidos em uma única vez: com
entrada de R$ 1.000,00 e 30 prestações de R$ 180,00.
Deste
modo está ocorrendo em todas as áreas do Gargoa e Unamar foreiras ao INCRA, sem
nenhuma repressão da Prefeitura.
Esta
operação revela uma manobra política antiga usada no passado, para criar nichos
eleitorais, não se importando com o desenvolvimento da cidade ou das condições
de vida daqueles que irão habitar aquelas áreas; se alagará, se terão água,
energia, escolas ou postos de saúde.
A
população de Tamoios nutre o sonho de cidade e espera do governo planejamento
nas ações de investimento e ordenamento. Não pode ser tratada desta forma.
Percebo
um gesto de vingança por terem perdido fogorosamente as eleições nas urnas da
localidade, e para se vingarem, estimulam a favelização do lugar.
Publicado
no jornal Folha dos Lagos, dia
14/03/2013, na página 2 da edição nº 4077.
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